Câmara dos EUA deve votar hoje à noite o acordo que suspende temporariamente o teto da dívida pública do país

Os ativos internacionais iniciam o dia com recuos, após indicador da China decepcionar e em meio à expectativa pela votação na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos do acordo que suspende temporariamente o teto da dívida pública do país. O cenário internacional deve se refletir sobre os ativos locais nesta quarta-feira, assim como diversos indicadores domésticos previstos para o dia, entre eles o Pnad e o Caged.
A Câmara dos EUA deve votar hoje à noite o acordo que suspende temporariamente o teto da dívida pública do país. Integrantes do partido Republicano expressaram dúvidas sobre o texto e cogitaram retirar o presidente da Câmara, Kevin McCarthy, do posto. Entretanto, a expectativa é que o acordo seja aprovado – a incerteza, porém, pesa sobre os ativos. No início do dia, os futuros das bolsas americanas recuavam.
Ainda nos EUA, o Livro Bege, do Federal Reserve (Fed, banco central americano), será monitorado atentamente. O documento deve ajudar o mercado a traçar projeções para a próxima reunião da autoridade monetária e influenciar os retornos dos títulos do Tesouro americano (Treasuries). O movimento tende a se refletir também nos juros futuros do Brasil e no câmbio.
Já na China, o índice de gerentes de compras (PMI) oficial de manufatura caiu para 48,8 em maio, indicando contração maior do que no mês anterior. O número também ficou abaixo do consenso do mercado. A internacional já pesava sobre o petróleo Brent, cujos futuros tinham recuo firme em Londres, e pode também contaminar outras commodities. A bolsa brasileira, muito exposta às commodities, pode ser pressionada negativamente.

No noticiário doméstico, agentes aguardam novos indicadores e monitoram o cenário político. O IBGE anuncia a Pnad Contínua Mensal, enquanto o Ministério da Economia divulga o Caged. Já o Banco Central divulga a Nota de Política Fiscal de abril.

No âmbito político, o mercado ainda avalia a força do atual governo no Congresso. Ontem, a Câmara dos Deputados aprovou o marco temporal das terras indígenas e adiou a votação da Medida Provisória que reestrutura os ministérios, que vale até amanhã. Já no Senado, o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), confirmou que o projeto do arcabouço fiscal passará pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) antes de ser votado no plenário, e que o relator será o senador Omar Aziz (PSD-AM).

Fonte:https://valor.globo.com/financas/noticia/2023/05/31/manha-no-mercado-divida-dos-eua-china-e-indicadores-locais-devem-marcar-ultimo-pregao-de-maio.ghtml